Zé Ronaldo (DEM) se atira em campos ligando para Deus e o mundo pelo interior afora e já fez algumas viagens, enquanto João Gualberto (PSDB), mais discreto, faz dezenas de entrevistas em rádios e afins. Nem por isso é menos candidato. Como diz o próprio, a questão é de estratégia:
– Ronaldo está partindo para cima das lideranças, eu prefiro outro caminho. Falar numa rádio, por exemplo, você atinge bem mais gente. Esse negócio de ficar procurando prefeitos faz mais espuma, mas a eficácia é duvidosa.
E os deputados que fazem pressão pela união entre os dois logo?
Segundo Gualberto, a pressão é maior dos estaduais, uma vez que os federais contam com as emendas, o que dá uma boa folga nas pressões:
– É isso que pega. Os deputados botaram na cabeça que um candidato só é melhor. E ninguém me deu uma explicação por que isso seria melhor. Se fosse ACM Neto, óbvio, seria diferente. Mas, na situação em que estamos, não vejo isso.
Ele diz que se Neto, com o peso que tem, conseguir fazer um chapão, reunir todos os partidos de oposição no mesmo barco, aí inviabiliza uma das duas candidaturas.
– Temos tempo de sobra. O prazo das convenções é entre 20 de julho e 5 de agosto. Mas é bom ressalvar que em vários estados a oposição ainda não sabe quem é o candidato. A confusão é geral, não é só na Bahia.
Por Levi Vasconcelos