“O Exército, a Guarda Nacional (Bolivariana, GNB), a polícia. Estão todos tentando os mecanismos possíveis para (evitar) a reeleição de um conselho de administração que tem a capacidade de mudar a Venezuela. É a ditadura que a proíbe”, declarou Guaidó após ser impedido de entrar.
Diante do bloqueio policial, em que todos os agentes usavam capacetes da tropa de choque, o líder da oposição e presidente autoproclamado do país afirmou que a atitude representa mais uma manifestação da ditadura. “Não importa a forma que a sessão parlamentar tomar, mas vão encontrar espaço para que ela ocorra”, destacou o líder opositor.
Está prevista para este domingo (5) uma sessão da Assembleia Nacional na qual será eleita a equipe diretora do Parlamento, e Guaidó almeja ser reeleito como presidente, papel fundamental para manter a queda de braço contra o governo de Nicolás Maduro.
Seguindo a interpretação de várias normas constitucionais, o parlamentar assumiu em janeiro de 2019 o cargo de presidente interino da Venezuela, posição na qual já foi reconhecido por quase 60 países.
Depois de impedi-lo de entrar, um coronel do PNB se dirigiu a Guaidó e lhe garantiu que não estavam tentando proibir sua entrada nem desrespeitá-lo, mas apenas garantir sua entrada ao prédio de maneira ordenada.
Entrada permitida
Mais tarde, os agentes da polícia autorizaram o presidente do Parlamento a passar por um controle inicial e depois acessar a Casa. A partir de então, começaram a permitir que os deputados entrassem um a um.
Também houve legisladores do Estado do Amazonas a quem foi negada a entrada porque, de acordo com a polícia, eles foram “desqualificados”. Por outro lado, parlamentares que integram o oficialista Bloque de la Patria, assim como membros da oposição que se afastaram da linha do Guaidó no último minuto, entraram sem problemas.