Militantes bolsonaristas participam nesta quarta-feira (2) de atos em frente aos quartéis do Exército de Salvador e Feira de Santana e nas BRs 020, em Luís Eduardo Magalhães, no oeste, e 101, em Itamaraju, no extremo sul, conforme o g1.
Os atos ocorrem três dias depois do segundo turno das eleições, que deram a vitória a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre Jair Bolsonaro (PL), na disputa para a presidência da República.
Vestidos de verde e amarelo e carregando a bandeira nacional, os manifestantes pleiteiam intervenção federal e são contrários ao resultado das eleições de domingo (31). O pedido é inconstitucional e antidemocrático.
Em conversa com a reportagem da TV Globo, na manhã desta quarta-feira, o procurador da República de Minas Gerais, Patrick Salgado, alertou que esse tipo de pedido é crime. Ainda conforme ele, informações falsas são passadas em relação ao artigo 142 da Constituição Federal.
“O importante é que as pessoas saibam que é crime incitar a animosidade das Forças Armadas contra as instituições, contra os poderes constituídos, contra a democracia. Então você pedir, por exemplo, intervenção militar de modo acintoso é crime, é crime você usar de violência contra a democracia, é crime você usar de violência contra o estado democrático. São figuras típicas do Código Penal. Às vezes você é conduzido pela emoção, para tentar desfazer o processo democrático, mas esse não é o caminho. Esse é o caminho ilícito, caminho de um bandido, de um criminoso. Você deve buscar os meios lícitos, se você não está satisfeito com o processo democrático, procure seu deputado federal para que ele, na próxima legislatura, promova alteração na legislação eleitoral”, explicou.
Entre terça-feira (1°) e a madrugada desta quarta, agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) desobstruíram ao menos 30 pontos de interdição de grupos bolsonaristas nas rodovias federais baianas.