O Ministério da Saúde tem um contrato firmado com o grupo Voetur, proprietário da VTCLog, para a entrega das vacinas contra a covid-19. A empresa é investigada por suspeita de um superfaturamento de R$ 16 milhões. O superfaturamento foi apontado pelo Tribunal de Contas da União em um contrato anterior firmado na pasta, segundo informações do jornal Estado de S. Paulo,
O grupo pertence ao empresário Carlos Alberto de Sá, que deve virar investigado da CPI da Covid. Os senadores da comissão querem convocar a dirigente da empresa, Andreia Lima, devido a novas suspeitas de irregularidades.
Na convocação da executiva, o vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues, ressalta que a empresa tem “contratos de grande monta com o Ministério da Saúde e importante papel na imunização dos brasileiros”.
Apenas em 2021, a pasta já direcionou R$ 258,14 milhões para a VTCLog, dos quais R$ 137,5 milhões já foram pagos. Os técnicos do TCU encontraram supostas irregularidades em dois contratos da empresa com o ministério assinados em 1997 e em 2003.
Procurada pela reportagem, a VTCLog disse não ter sido notificada da tomada de contas ou procurada para se manifestar nesses casos. A empresa também enviou uma certidão emitida pelo TCU atestando que não tem condenações e pode participar de licitações. O Ministério da Saúde também não respondeu aos questionamentos.