O grupo extremista Houthi, que atua no Iêmen, lançou um míssil contra um navio dos Estados Unidos, em mais um passo do conflito no Oriente Médio, que começou com mais força após o 7 de outubro do ano passado, com a ataque do Hamas a Israel. O armamento foi interceptado pelos EUA antes que alcançasse seu alvo.
O destroier norte-americano operava ao sul do Mar Vermelho, local onde os Houthis têm atacado navios internacionais, com apoio aberto, por exemplo, do Irã. O grupo afirma que as ações acontecem como parte da campanha de apoio aos palestinos da Faixa de Gaza.
Pelo menos 26 navios foram atacados pelos Houthis desde que apreenderam o navio Galaxy Leader, ligado a Israel, em novembro do ano passado.
Depois que o Hamas atacou Israel e aconteceu a contraofensiva, diversos grupos radicais têm agido no Oriente Médio. Uma coalização, encabeçada por EUA e Reino Unido, organizou ataques aéreos contra os Houthis no Iêmen.
Então, o grupo lançou o míssil contra os norte-americanos, que acabou interceptado por aviões de combate. De acordo com o Comando Central dos EUA (Centcom), em mensagem divulgada pelo X, não houve feridos ou danos ao navio.
“O míssil foi abatido nas proximidades da costa de Hodeida por aviões de combate dos EUA. Não houve feridos ou danos relatados”, diz o texto sobre o primeiro ataque dos Houthis desde que a coalizão começou suas ações contra o grupo, que oficialmente ainda não assumiu a autoria do lançamento.
Antes do míssil, discurso dos Houthis
No início de domingo, o porta-voz dos Houthis, Mohammed Abdulsalam, afirmou que os EUA estão violando a soberania nacional ao invadir com caças o espaço aéreo do Iêmen.
Por causa das ações desde novembro no Mar Vermelho, alguns dos maiores operadores de transporte marítimo do mundo começaram a redirecionar os navios em torno do Cabo da Boa Esperança, no extremo sul de África. Isso encarece bastante o comércio.
No Mar Vermelho, diariamente, são transportados entre 3 e 9 milhões de dólares, mas a movimentação chegou a cair mais de 40% por causa dos ataques dos Houthis.