Um grupo de 89 militares da reserva assinou uma nota de apoio ao general Augusto Heleno, ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), dizendo que falta “decência” e “patriotismo” a parte dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal).
A defesa foi divulgada depois que Heleno reagiu ao pedido do ministro Celso de Mello à PGR (Procuradoria-Geral da República) de apreensão do celular do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no inquérito sobre a suposta interferência na chefia da PF (Polícia Federal) do Rio de Janeiro, com base em acusações do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.
Heleno classificou o pedido de apreensão do celular do presidente como uma “afronta à autoridade máxima do Poder Executivo e interferência inadmissível de outro Poder” e que poderá ter consequências imprevisíveis”.
Na nota de apoio a Heleno, os militares dizem estar dispostos a defender o país “com o sacrifício da própria vida” e falam em “guerra civil” como pior hipótese para o desfecho da crise institucional provocada pelos ministros do STF.
Agradeço, emocionado, o apoio dos queridos amigos da Turma Marechal Castello Branco-AMAN-1971. A esquerda radical tem síndrome de golpe, elucubra e lê mal. Não citei nomes, nem FA e muito menos o art 142. Falei de segurança institucional, que interessa aos brasileiros de bem.
— General Heleno (@gen_heleno) May 24, 2020
Leia a nota na íntegra:
SOLIDARIEDADE AO GENERAL AUGUSTO HELENO RIBEIRO PEREIRA
Nós, oficiais da reserva do Exército Brasileiro, integrantes da Turma Marechal Castello Branco, formados pela “SAGRADA CASA” da Academia Militar das Agulhas Negras em 1971, e companheiros dos bancos escolares das escolas militares que, embora tenham seguido outros caminhos, compartilham os mesmos ideais, viemos a público externar a mais completa, total e irrestrita solidariedade ao GENERAL AUGUSTO HELENO RIBEIRO PEREIRA, Ministro-Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, não só em relação à Nota à Nação Brasileira, por ele expedida em 22 de maio de 2020, mas também em relação a sua liderança, a sua irrepreensível conduta como militar, como cidadão e como ministro de Estado.
Alto lá, “ministros” do stf!
Temos acompanhado pelo noticiário das redes sociais (porquanto, com raríssimas exceções, o das redes de TV, jornais e rádios é tendencioso, desonesto, mentiroso e canalha, como bem assevera o Exmº. Sr. presidente da República), as sucessivas arbitrariedades, que beiram a ilegalidade e a desonestidade, praticadas por este bando de apadrinhados que foram alçados à condição de ministros do stf, a maioria sem que tivesse sequer logrado aprovação em concurso de juiz de primeira instância.
Assistimos, calados e em respeito à preservação da paz no país, à violenta arbitrariedade de busca e apreensão, por determinação de conluio de dois “ministros”, cometida contra o General Paulo Chagas, colega de turma. Mas o silêncio dos bons vem incentivando a ação descabida dos maus, que confundem respeito e tentativa de não contribuir para conturbar o ambiente nacional com obediência cega a “autoridades” ou conformismo a seus desmandos. Aprendemos, desde cedo, que ordens absurdas e ilegais não devem ser cumpridas.