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quarta-feira 3 de maio de 2023 às 09:45h

Grupo de falsificou cartão de vacinação de Bolsonaro registrou cartão no SUS e depois apagou; entenda

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O esquema de falsificação de cartões de vacinação que foi alvo da operação da Polícia Federal nesta manhã de quarta-feira (3) e forneceu de acordo com Malu Gaspar, do O Globo, ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sua filha, Laura, cartões fraudulentos, começou em Goias, com o preenchimento de um cartão de vacinação comum, em papel.

Primeiro, um médico da prefeitura da cidade de Cabeceiras ligado ao bolsonarismo preencheu o cartão de vacinação para Bolsonaro, Laura, o ajudante de ordens do ex-presidente, Mauro Cid, e sua mulher.

Com o cartão em papel, o grupo então tentou registrar o cartão no nos sistema eletrônico do SUS no município fluminense de Duque de Caxias, para que ele pudesse ser considerado oficial e valer, por exemplo, em viagens internacionais.

Segundo informações da Polícia Federal, a falsificação foi feita para que o então presidente e sua filha pudessem entrar nos Estados Unidos sem restrições. A então primeira-dama, Michelle, se vacinou nos Estados Unidos em setembro de 2021.

No entanto, como o lote de vacinas informado tinha sido enviado para Goiás e não para o Rio de Janeiro, o sistema rejeitou as informações.

Aí começou uma troca de mensagens entre Mauro Cid e seus ajudantes que acabaria flagrada na operação desencadeada hoje. Por essas mensagens, a Polícia Federal apurou que foi preciso conseguir um outro número de lotes de vacinas, este do Rio, para fazer o registro.

Depois que o cartão de vacinação foi registrado e se tornou oficial, o grupo baixou os arquivos, imprimiu os cartões e os apagou do sistema. Assim, quem procurasse os registros de vacinação do grupo no sistema eletrônico não encontraria.

Só mesmo depois de ter acesso às mensagens de Cid e fazer uma perícia no sistema é que a Policia Federal descobriu a adulteração. Até então, não se sabia que Jair Bolsonaro e sua filha também haviam registrado cartões falsos.

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