Uma das primeiras empresas a apostar na energia eólica no país, a Casa dos Ventos, cujo portfólio de geração já conta com cerca de 1,5 gigawatt (GW) e possui grandes projetos de energia eólica na Bahia e está em fase de construção do projeto Babilônia Sul, pretende ir além do fornecimento de energia e está com outros projetos inclusive na Bahia.
A empresa passou a trabalhar em soluções customizadas para grandes consumidores de energia. Com uma carteira de clientes que inclui gigantes eletrointensivos, como Vale, Anglo American, Braskem, Dow e Unigel, a Casa dos Ventos começou a mapear alternativas para ampliar parcerias para além da simples venda de energia renovável e agora vê no hidrogênio verde é uma das possibilidades mais promissoras.
O hidrogênio verde desponta no mundo todo como uma importante tecnologia para acelerar o processo de transição energética. E a intenção da Casa dos Ventos é dedicar-se tanto ao mercado interno, mapeando aplicações em indústrias de fertilizantes, mineração e aço, quanto ao externo, vindo a exportar o combustível. “70% do custo do hidrogênio verde vem da geração de energia, que a companhia domina.
A empresa começa a dar os primeiros passos, em um negócio que exige somas vultosas de dinheiro. Na semana passada, a Casa dos Ventos anunciou parceria com a Nexway Eficiência, empresa da Comerc Energia, para desenvolver projetos de hidrogênio verde visando demanda local e exportação. O grupo já negocia áreas para se instalar no Porto de Aratu, na Bahia e em outros portos do Nordeste e prevê se juntar a parceiros de outros elos da cadeia do hidrogênio.
Fundada em 2007 pelo empresário cearense Mario Araripe, ex-dono da Troller, a Casa dos Ventos realizou uma das maiores campanhas exploratórias de recursos eólicos do mundo, tendo identificado 23,8 GW em projetos potenciais no Brasil.