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quarta-feira 24 de julho de 2019 às 18:03h

Governo Rui debate reativar Estaleiro Enseada e gerar milhares de empregos

NEGÓCIOS


Foi discutida nesta última terça-feira (23), na sede da Secretaria do Planejamento da Bahia, alternativas para a reativação do Estaleiro Enseada do Paraguaçu, localizado em Maragogipe.

O empreendimento está desativado desde 2014. Na reunião, estiveram presentes o presidente do estaleiro, Maurício Almeida, representantes da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb) e os secretários estaduais de planejamento (Walter Pinheiro) e infraestrutura (Marcus Cavalcanti).

Algumas novas possibilidades foram pautadas, como o uso do equipamento como terminal de granéis líquidos, para a fabricação de torres eólicas, desmonte de grandes navios e manutenção de embarcações. Outro modelo de negócio seria a utilização como porto para o escoamento de grãos. “Temos um potencial gigantesco para ser indutor de desenvolvimento regional. Essa foi nossa visão quando decidimos implantar o estaleiro mais moderno do Brasil”, ressaltou o presidente do estaleiro.

O secretário Walter Pinheiro disse que o espaço é privilegiado e está pronto para ser, além de um canteiro de obras, uma unidade de produção. “A partir das prospecções que fizemos com algumas empresas, na Espanha, podem ser fabricadas torres e de pás eólicas no local, por exemplo. Também com o envolvimento da Fieb, estamos buscando alternativas não só para atração de investimentos como também para a viabilização da retomada do Estaleiro, que somando Salvador e Rio de Janeiro já teve mais de 12 mil empregados. Então a ideia é, a partir dos projetos que o Estado tem trabalhado, buscar retomar esse eixo de logística, de infraestrutura e de geração de atividades econômicas”, destacou. A retomada do empreendimento, segundo o responsável pela Seplan, envolve a construção de ferrovias e a Ponte Salvador-Itaparica.

O Estaleiro Enseada é considerado o maior e mais moderno do Brasil. De acordo com o secretário Marcus Cavalcanti, o empreendimento é um investimento feito por grupos privados inserido em uma política federal de incentivo à indústria da construção naval. “Infelizmente esta política está sendo desmontada e o governo do estado está discutindo, com os investidores, alternativas para o uso da área, já que eles possuem registro e licença ambiental para operar como terminal portuário privativo, tancagem de combustível e terminal regaseificação, por exemplo”, afirmou.

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