Líder da oposição no senado, Rogério Marinho (PL-RN) criticou a proposta do governo de criar um programa para reduzir o valor das passagens aéreas. A iniciativa, antecipada ao jornal Correio Braziliense pelo ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, visa contemplar aposentados, funcionários públicos com salário de até R$ 6.800 e estudantes com a venda de bilhetes por R$ 200.
“Sério? Como sabemos não existe almoço grátis. Alguém vai pagar essa conta. Adivinha….”, disse o senador, neste último domingo (12), ao compartilhar no Twitter uma notícia que informava a criação do programa.
Qual a intenção do governo
Segundo o ministro Márcio França, o governo não irá subsidiar a execução da proposta que estipula o valor de R$ 200 por bilhete aéreo. O procedimento, ainda de acordo com o titular da pasta de Portos e Aeroportos, ocorrerá por meio de um acordo com as empresas aérea para vender o espaço excedente na aeronave “com o governo intermediando”.
“No fundo isso já existiu. A Caixa Econômica fez isso, muito tempo atrás. Um programa chamado Melhor Viagem, destinado a idosos. Conversei com a presidente da Caixa, acho que vai ser fácil. O que importa é a decisão política e as três (companhias) têm que querer. Nós só temos três: Azul, Gol e Tam, pode ser que alguma não se interesse, mas acho difícil”, contou o ministro, durante a entrevista.
No programa de Márcio França, a venda das passagens aéreas com preços limitados será por meio de um aplicativo da Caixa Econômica ou do Banco do Brasil. “São pessoas que já tem a renda vinculada conosco, estudantes são a exceção”. De acordo com França, as pessoas contempladas com o programa poderão usufruir deste direito a duas passagens – ida e volta – por ano.
Cada uma dos trechos custará R$ 200,00 e, segundo as expectativas do ministro, poderá ser parcelada em até 12 parcelas. “Essa é a meta”, finalizou França.