O governo federal quer gastar no mínimo R$ 6 bilhões na recuperação e conservação de rodovias federais neste ano.
Segundo Guilherme Amado, essa verba é um terço dos R$ 18 bilhões do orçamento administrado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), ligado ao Ministério dos Transportes.
Historicamente, há pressão política para direcionar as verbas de infraestrutura para novos projetos, nos quais parlamentares têm mais facilidade em fazer inaugurações. Rodovias antigas que precisam de investimento têm menos apelo.
O DNIT quer recuperar pelo menos 3 mil quilômetros de rodovias, sob o custo atual de R$ 2 milhões por quilômetro, ainda em 2023. A estratégia é priorizar, com a verba que está sob controle do órgão, as obras menos atrativas para os políticos.
Enquanto isso, o órgão busca parcerias no Congresso para direcionar recursos de emendas parlamentares para construir novas estradas, fazer duplicações ou outras obras de infraestrutura.