Às vésperas de enviar ao Congresso a proposta de criação de um Bolsa Família turbinado, o governo tem estudado de acordo com a revista Veja, ver uma possibilidade de como garantir a oferta de crédito consignado aos futuros beneficiários. O tema tem certa taxa de polêmica por especialistas temerem risco de super endividamento para população em situação de vulnerabilidade, mas o Ministério da Cidadania defende a proposta por considerar que é preciso apresentar uma alternativa a pessoas carentes que atualmente tomam empréstimos informais e acabam nas mãos de agiotas, narcotraficantes e milicianos.
A ideia é que, com o consignado, beneficiários do programa possam fazer empréstimos em um limite de cerca de 20% do valor do pagamento e tenham condições favoráveis para quitar as parcelas. Em um primeiro momento, a Caixa, banco federal que desenvolveu a poupança digital para o pagamento do auxílio emergencial e, por consequência, bancarizou milhões de brasileiros, deve ser a instituição financeiras a ser usada para os futuros empréstimos, mas o governo pretende ampliar o projeto também a outros bancos estatais, como o Banco do Nordeste.
A avaliação do governo é a de que hoje existem travas em excesso contra o acesso da população ao microcrédito e mau uso de fundos garantidores idealizados para bancar situações de inadimplência. Atualmente 14,69 milhões de famílias recebem o Bolsa Família. Com o novo programa, a meta é chegar a 17 milhões de beneficiários.