A Secretaria de Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça vai acionar a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) para tentar mapear potenciais prejuízos aos brasileiros provocado pelo apagão cibernético que afeta boa parte do planeta na manhã desta sexta-feira (19), com reflexos em aeroportos e sistemas bancários. A informação é do titular da secretaria, Wadih Damous.
Questionado pela equipe do blog, Damous, disse que buscará junto à Anac e a Febraban a identificação de eventuais danos aos consumidores no Brasil. O secretário também ressaltou que a sondagem não deve excluir outras iniciativas para apurar outros segmentos econômicos porventura prejudicados.
No Brasil, usuários de aplicativos de banco têm relatado problemas no acesso a contas no Bradesco, Next, Neon e Pan. Há relatos de atrasos em aeroportos no Brasil, como o de Viracopos, em São Paulo. O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmou em seu perfil no X no início da manhã que não havia impacto nas operações dos aeroportos brasileiros até aquele momento.
O problema estaria relacionado a uma falha na atualização da ferramenta Falcon, produto de segurança cibernética empresa americana CrowdStrike, que afetou os clientes do software – incluindo a Microsoft, responsável pelo sistema operacional Windows, usado em larga escala no mundo.
O sistema de computação em nuvem do Windows, o Azure, foi diretamente afetado pela falha, o que provocou as panes em aeroportos, bancos, sistemas ferroviários e também em redes de TV e bolsas de valores.
Nos Estados Unidos, voos de grandes companhias aéreas programados para a manhã desta sexta-feira foram suspensos. Há relatos de impactos em aeroportos na China, Índia, França, Espanha, Holanda e Singapura.
Aeroportos na Espanha, Holanda, Índia, China, Singapura e França também foram afetados pela falha informática global.