Depois de não ver pautada a Medida Provisória que valida a Esplanada dos Ministérios na terça-feira (30), o presidente Lula (PT) se dobrou, ligando para o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Lira contou a Lula que a MP não foi pautada na véspera pela certeza de derrota. E lembrou o mapeamento do próprio governo apontando que, na terça, a base de Lula tinha só 144 votos, contra mais de 300 opositores.
Nas tratativas com o centrão por votos, o governo disse de acordo com a coluna de Cláudio Humberto, do Diário do Poder, que todo mundo perderia se a MP caísse. Ministérios que são do grupo deixariam de existir.
Lula ainda ouviu que Lira não assumiria a articulação do governo dentro da Câmara e reclamações sobre falta de contato direto com o presidente.
Falar com Alexandre Padilha deixa os líderes partidários à beira de um ataque de nervos: além de nada resolver, é acusado de trato arrogante.
O Marco Temporal foi recado sobre a “pauta verde”. O governo ensaiou tentar reaver funções do Meio Ambiente e dos Povos Indígenas, mas conforme o colunista, desistiu.