O ex-ministro Paulo Bernardo disse nesta quinta-feira (17) que, apenas depois de instalado, é que o governo decidirá se continuará o processo de entrada na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Ele fez a declaração a jornalistas no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede do governo de transição, ao defender novamente que as grandes empresas de tecnologia sejam tributadas.
O organismo multilateral com sede em Paris tem coordenado um grupo de vários países para evitar evasão fiscal das BigTechs.
“A OCDE tem outros problemas, não é só isso. Tem problemas de concorrência pública, de compras públicas, não sei Quando eu era do governo, não tínhamos a intenção de entrar na OCDE pelas condições que eram colocadas. Lembro-me que tínhamos restrição, que achávamos que não era vantagem”, disse Bernardo. “O problema vai ser discutido no governo quando se instalar. Não vai ser o grupo de trabalho da transição que vai discutir isso agora”, acrescentou ele, que faz parte do GT de Comunicação.
O Brasil solicitou a entrada à OCDE no governo de Michel Temer e recebeu o sinal verde da instituição para se tornar candidato oficial no início deste ano. Outros quatro países também tentam uma vaga (Peru, Croácia, Bulgária e Romênia). É o País até agora que mostrou mais aderência aos padrões da Organização. A Argentina era uma candidata, mas não continuou no processo de acesso à entidade.