O general Augusto Heleno, ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), concedeu 13 autorizações, – a empresas e pessoas físicas -, para exploração de minérios em áreas de fronteira em Roraima, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Paraná.
As autorizações estão publicadas no Diário Oficial da União desta segunda-feira (2), conforme a TV Record. O general é secretário-executivo do CDN (Conselho de Defesa Nacional), colegiado que assessora o presidente Jair Bolsonaro (PL) em assuntos de defesa e soberania. Ele é o responsável por liberar projetos de mineração na faixa de fronteira, em uma largura de até 150 quilômetros.
Ao todo, foi autorizada a exploração de minérios como ouro, mármore, granito, calcário, manganês, ferro e dolomita em 37 áreas. São 19 cidades que fazem fronteira com o Paraguai, Venezuela, Guiana, Suriname, Bolívia, Argentina e Uruguai.
Confira as cidades com autorizações liberadas para mineração
Mato Grosso do Sul
– Bonito
– Corumbá
– Miranda
– Jardim
Rio Grande do Sul
– Aceguá
– Bagé
– São Gabriel
– Santa Margarida do Sul
– Caçapava do Sul
– Vila Nova do Sul
– São Sepé
Roraima
– Caracaraí
Mato Grosso
– Poconé
– Araputanga
– Rio Branco
– Porto Esperidião
– Cáceres
Paraná
– Foz do Iguaçu
– Coronel Vivida
Avanço da mineração
Segundo o Ibram (Instituto Brasileiro de Mineração), os investimentos da indústria de mineração no Brasil deverão somar 40,44 bilhões de dólares no período de 2022 a 2026. A maior parte dos investimentos, 54%, é referente a aportes que ainda estão programados, enquanto 46% do montante se refere a projetos em execução.
Os investimentos em minério de ferro, produto que lidera os aportes no Brasil, estão estimados em 13,6 bilhões de dólares, sendo 7,7 bilhões em projetos em execução e 5,8 bilhões estão programados.
Aeroportos em terras indígenas
O ato do general também autoriza a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) a construir dois aeródromos em aldeias indígenas que estão na faixa de fronteira. Os empreendimentos serão feitos nas aldeias Boca do Marapi e Santo Antônio, que ficam na cidade de Oriximiná, no Pará. Os pedidos foram feitos pela Funai (Fundação Nacional do Índio).