O CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) do governo dos Estados Unidos mudou sua recomendação e dispensou o uso de máscaras para pessoas que já tomaram as duas doses da vacina contra a covid-19 em atividades e pequenas reuniões ao ar livre.
As novas diretrizes foram publicadas hoje. Quem não está totalmente imunizado —só tomou uma ou nenhuma dose da vacina— também poderá fazer atividades ao livre sem máscara, mas deverá utilizar a peça de proteção em lugares onde há outras pessoas fora de seu núcleo de familiares e amigos.
As atividades dispensadas do uso de máscara são: caminhar, correr e pedalar. Pessoas imunizadas também podem se reunir sem máscara em espaços abertos em pequenos grupos com amigos, familiares e outras pessoas que também tenham sido vacinadas. A proteção facial também é dispensada para os vacinados em restaurantes com meses ao ar livre.
O uso de máscara segue obrigatório em espaços fechados —como lojas, shoppings, restaurantes (exceto em áreas abertas), salões de beleza, igrejas, academias, cinemas, teatros— e no transporte público.
Os EUA têm uma das campanhas de vacinação contra a covid-19 mais avançadas do mundo, com 95,9 milhões de pessoas (28,7% de sua população) totalmente imunizadas. Se consideradas as pessoas que já tomaram ao menos uma dose da vacina, o total de vacinados sobe para 141 milhões (42,1% da população).
Objetivo é incentivar mais pessoas a se vacinar
Durante uma coletiva de imprensa da Casa Branca, a diretora do CDC, Rochelle Walensky, afirmou que o objetivo das novas recomendações é incentivar mais pessoas a se vacinar.
Segundo a cientista, a imunização completa ocorre 14 dias após a primeira dose da vacina da Johnson & Johson (de dose única) e depois da segunda dose dos imunizantes da Pfizer e da Moderna.
No caso dos ambientes fechados, Walensky afirmou que há um risco 26 vezes maior de transmissão da covid-19 nesses locais em comparação com ambientes externos.
“Até que mais pessoas sejam vacinadas, o uso de máscara em ambientes fechados proporcionará proteção extra”, afirmou a médica, que faz parte da força-tarefa da Casa Branca para o combate à pandemia.
O diretor do Instituto de Alergias e Doenças Infecciosas, Anthony Fauci, que também participou da coletiva, alertou para os riscos das novas variantes do coronavírus. De acordo com o cientista, que é conselheiro do governo Joe Biden, a cepa “mais problemática” é a da África do Sul.