O governo dos Estados Unidos aprovou nesta quarta-feira (15) regras finais sobre a rede nacional de carregadores de baterias de veículos elétricos, com exigência de que os equipamentos sejam produzidos no país e que até 2024 55% do custo seja atrelado a componentes fabricados nos EUA.
O governo de Joe Biden espera que as novas regras, emitidas após quase oito meses de debate, impulsionem a maior transformação do mercado de veículos dos EUA. As regras procuram dar aos consumidores acesso irrestrito a uma crescente rede de estações de recarga de veículos elétricos, incluindo aos “SuperChargers” da Tesla.
As empresas que esperam obter 7,5 bilhões de dólares em financiamento federal para essa rede também deverão adotar o padrão dominante dos Estados Unidos para conectores de tomadas, conhecido como “Sistema de carregamento combinado” ou CCS, e usar opções de pagamento padronizadas compatíveis com smartphones.
A Tesla, maior fabricante de veículos elétricos e também a maior empresa de recarregadores dos EUA, planeja adotar o padrão CCS e expandir-se além de seus conectores proprietários, disse o governo Biden.
A primeira parcela dos bilhões em fundos federais começará a ser distribuída nas próximas semanas, forçando empresas como Tesla, EVgo e ChargePoint Holdings a disputarem entre si pelos recursos.
A Tesla disse ao Departamento de Transportes que o plano era “agressivo” e “poderá levar a um déficit no número de estações de recarga compatíveis disponíveis, dado o ritmo e a escala de implantação”.
No entanto, os defensores do plano afirmam que atrasar as medidas pune as empresas que agiram antecipadamente para cumprirem as regras.
“Esta é uma chance única na vida de acertar”, disse Scott Paul, presidente da Aliança para Manufatura na América.