m ofício enviado ontem ao governo federal, o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), pede a retirada de três jogadoras de futebol brasileiras da Ucrânia:
- a piauiense Kedma Laryssa Araújo;
- a paulistana Lidiane Oliveira,
- a capixaba Gabriela Zidoi.
As atletas estão no Hotel Mizar, em Dnipropetrovsk, no sudoeste da Ucrânia, segundo o documento enviado ao governo federal.
O pedido foi endereçado ao presidente Jair Bolsonaro (PL), à Casa Civil e também ao Ministério de Relações Exteriores. Segundo a assessoria de imprensa do governo do Piauí, o governo federal não havia respondido ao apelo do petista até as 15h desta segunda-feira (2).
O UOL também entrou em contato com os órgãos competentes do governo federal, que não haviam se manifestado até a última atualização desta reportagem.
Contandocom a especial atenção que Vossa Excelência dispensará ao caso envolvendo as brasileiras que vivem o pesadelo da guerra, que infelizmente atinge outros conterrâneos que residem na Ucrânia, ficamos à Vossa disposição para o apoio que julgar necessário.
Wellington Dias em ofício a Bolsonaro
As atletas jogam pelo Kryvbas Women. O clube estava com pré-temporada marcada na Turquia.
A cidade onde as jogadoras moram tem a fronteira mais próxima com a Moldávia, mas que fica a algo em torno 470 km de rodovia. No entanto, fazer o trajeto de carro não é uma opção segura por conta da escalada russa na região (que é próxima à Crimeia).
A fuga por trem também foi descartada porque a estação mais próxima fica a cerca de uma hora do local onde estão.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta quarta-feira (2) que 37 brasileiros chegaram hoje à embaixada do Brasil na Romênia depois de saírem da Ucrânia por causa do conflito do país do leste europeu com a Rússia.
De acordo com o presidente, no grupo, havia ainda dois uruguaios. Todos saíram de Kiev, capital ucraniana, em direção ao país vizinho, e estariam em segurança e com saúde.
“Do grupo, os jogadores do Shakhtar Donetsk e seus familiares receberam apoio integral da Uefa, que custeou transporte rodoviário e hospedagem em Bucareste”, Bolsonaro postou em seus perfis nas redes sociais sobre a capital romena.
Dentre os jogadores em questão, estão o zagueiro Marlon, ex-Fluminense, o meia-atacante Pedrinho, ex-Corinthians, o atacante David Neres, ex-São Paulo, e o lateral Dodô, ex-Coritiba. Eles chegaram a recorrer a um bunker em Kiev para se proteger dos ataques dos russos.
Bolsonaro ainda disse que a embaixada brasileira na Romênia montou um posto avançado na fronteira da Ucrânia com a Moldávia, que fica entre Kiev e Romênia, “para recepcionar os brasileiros que por ventura cheguem desgarrados por aquela região fronteiriça”.
Aguardamos dos interessados a manifestação em retornarem para o Brasil, onde já disponibilizamos duas aeronaves KC-390 da FAB
Bolsonaro sobre brasileiros que deixaram Ucrânia pela Romênia
Ontem, Bolsonaro havia dito que o governo havia retirado 50 brasileiros da Ucrânia que saíram para países vizinhos. Segundo ele, o grupo teve a ajuda do Itamaraty.
100 brasileiros saíram do país europeu
O Itamaraty divulgou ontem nota em que afirma que mais de 100 brasileiros conseguiram sair da Ucrânia para países vizinhos e que pelo menos outros 15 estão próximos às áreas de fronteira.
“Até o momento, mais de 100 brasileiros lograram sair da Ucrânia e ir para países fronteiriços, sobretudo Polônia e Romênia, com o apoio das Embaixadas. Pelo menos outros 15 estão próximos à fronteira e devem lograr sair do país ao longo do dia”, diz a pasta.
Cerca de 80 brasileiros, registrados na lista da embaixada brasileira, permaneciam em solo ucraniano, segundo o MRE.
A pasta estima que havia aproximadamente 500 brasileiros no país europeu antes do conflito.