O governo japonês aprovou, nesta quarta-feira (19), novas restrições sanitárias para grande parte do país, incluindo Tóquio, para conter um surto de coronavírus causado pela variante ômicron.
As restrições em 13 regiões, dirigidas, principalmente, para estabelecimentos noturnos, são bem menos rígidas do que um confinamento e ficarão em vigor desta sexta-feira (21) até meados de fevereiro.
A resolução do governo central permite que cada região decida quais medidas específicas adotar. A maioria das regiões pediu a bares e restaurantes que reduzam seu horário de funcionamento, ou suspendam a venda de bebidas alcoólicas.
O primeiro-ministro Fumio Kishida explicou que o governo procura estar “totalmente preparado” para a luta contra a mais recente onda de covid-19.
“Trabalharemos em estreita coordenação com os governos regionais”, disse Kishida, ao anunciar as medidas em uma reunião do grupo de trabalho encarregado de combater o vírus.
“Com avaliações científicas de especialistas, a cooperação de profissionais médicos e, sobretudo, a cooperação da população japonesa, vamos superar essa situação”, acrescentou.
A variante ômicron provocou um ressurgimento do coronavírus no Japão, com mais de 30.000 casos diários registrados pela primeira vez desde o início da pandemia.
O Japão foi menos atingido pelo coronavírus do que outros países, mas autoridades e especialistas temem que um aumento nas infecções pressione o sistema de saúde do país.
Três regiões japonesas já enfrentam restrições pelo vírus, após o aumento de casos associados a bases militares americanas. Mais de 78% da população japonesa está totalmente vacinada, mas apenas 1,2% recebeu uma dose de reforço.