O governo do Japão quer reverter a política sobre a geração de energia nuclear e pretende reabrir usinas que estavam fechadas e construir novas, marcando o fim das medidas iniciadas após o tsunami que causou um grande acidente na central atômica de Fukushima em 2011.
A proposta, anunciada nesta quinta-feira (22) de acordo com a AFP, pelo primeiro-ministro Fumio Kishida, prevê o fim da regra que determina o fechamento de usinas nucleares depois de 60 anos de uso e a construção de novas e mais modernas unidades de geração de energia pela fissão atômica.
O governo deve apresentar formalmente a proposta na próxima sessão do parlamento, porém Kishida ressaltou que a política também será discutida com membros da sociedade civil antes de ser aprovada pelo premiê, segundo o canal de televisão “NHK”.
O apoio da sociedade japonesa a usinas nucleares começou a mudar neste ano após a guerra na Ucrânia e o corte de fornecimento de gás da Rússia terem afetado a dinâmica do mercado de energia mundial, provocando alta nos preços e escassez de combustível em algumas partes do mundo.
Ao voltar a investir em usinas nucleares, o Japão caminha para a independência energética e também para o fim das emissões de carbono, já que usinas nucleares emitem pequena quantidade do material na atmosfera, apesar de gerar resíduos atômicos que necessitam de cuidado especial.
A nova política foi defendida por Kishida e aliados como uma forma do Japão alcançar a neutralidade nas emissões de carbono até 2050.