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quarta-feira 29 de abril de 2020 às 17:31h

Governo do Chile entregará cartão de alta sem mencionar imunidade

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O Chile confirmou nesta quarta-feira (29) a entrega, a partir da próxima semana, de um cartão de alta para pacientes recuperados de COVID-19, mas recuou da ideia de certificar a imunidade no documento.

As autoridades da Saúde anunciaram na primeira semana de abril que concederiam esse cartão como salvo-conduto para circulação em áreas com quarentena obrigatória. A entrega foi adiada devido a dúvidas sobre se pacientes curados se tornariam de fato imunes ao coronavírus.

Em 9 de abril, o ministro da Saúde, Jaime Mañalich, anunciou: “O que nos interessa é dizer que essa pessoa não tem possibilidade de pegar o coronavírus novamente, porque já está imune, portanto essa pessoa pode ser de grande ajuda para as comunidades, porque não representam um risco”.

Mas nesta quarta-feira, ao ratificar a entrega do certificado, Mañalich especificou que, em uma primeira fase, o cartão será apenas um atestado de alta sem manifestar a possibilidade de livre circulação.

Ele esclareceu que o documento não fará referência à imunidade do paciente nem incluirá aqueles que desenvolveram anticorpos para a infecção sem desenvolver sintomas.

“É um atestado que diz que a pessoa teve alta, sem mencionar a imunidade”, enfatizou o ministro em entrevista coletiva.

No sábado, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que não há evidências de que as pessoas com resultado positivo em testes de diagnóstico estejam imunizadas contra o novo coronavírus.

Também considerou que os chamados “passaportes de imunidade” poderiam favorecer a disseminação da pandemia. “Não há comprovação de que pessoas curadas de COVID-19 e que tenham anticorpos sejam imunes contra uma segunda infecção”, afirmou a OMS em comunicado.

Até esta quarta-feira, o Chile registrou 8.057 pacientes recuperados, o equivalente a 53% dos infectados(14.885).

O cartão de alta será recebido pessoalmente ou por meio de dispositivos móveis.

As autoridades também anunciaram nesta quarta-feira o primeiro profissional de saúde que morreu em consequência do coronavírus: uma funcionária de um centro de saúde da família em Gorbea, no sul do país.

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