Assim como hoje são comercializados créditos de carbono para grandes emissores de poluentes, empresas e estados poderiam comprar seus créditos hídricos. Não se trata de uma ideia mirabolante. O projeto já foi tema de conversas com empresas e despertou interesse entre produtoras de bebidas e do agronegócio, dentro e fora do Brasil.
O Amazonas já prepara uma resolução sobre o tema para novembro que será incluída na regulamentação da lei de serviços ambientais. O governo amazonense vê uma nuvem de dinheiro pela frente. A estimativa é que em cinco anos R$ 10 bilhões poderiam irrigar os cofres do Estado.
– A gente precisa ter um tipo de compensação por esse benefício que o Estado provem para Centro-oeste, Sul e Sudeste, porque as chuvas que são levadas para essas regiões são resultados da conservação da Floresta Amazônica. Precisamos encontrar algum tipo de compensação para essas pessoas que moram na floresta – afirmou à coluna o governador Wilson Lima.