A pandemia de covid-19 deixou claro, para quem tem as ferramentas corretas, que trabalhar de forma remota pode aumentar a produtividade. E a regra vale para os setores público e privado. O novo coronavírus também reforçou a importância de se criar canais de diálogo com a população, seja para colher opiniões, sugestões ou mesmo facilitar o dia a dia dos moradores a partir da digitalização do governo, hoje obrigatória para municípios de todos os tamanhos.
Foi por meio de uma ferramenta online que os 214 mil moradores de Jardim D’Abril, em Osasco, na Grande São Paulo, definiram o destino de um terreno sem utilização, mas bem localizado, ao lado de uma escola e de um posto de saúde. Ao aceitarem responder a consultas feitas pela prefeitura de forma online, os participantes apontaram a necessidade de ali ser a sede de uma companhia da Polícia Militar, entregue no ano passado.
Em Itaboraí, no Rio, a digitalização dos processos de gestão tornou mais fácil a vida de quem sonhava em empreender. Após sofrer o baque de perder os impostos obtidos com as atividades de um complexo petroquímico que teve as obras paralisadas por dois anos, a prefeitura acelerou a digitalização dos processos necessários para novos negócios, como alvarás, e reduziu a burocracia. Mais de mil novos negócios surgiram em oito meses.
A instituição da coleta seletiva em Três Rios, no interior fluminense, não ajuda apenas os catadores, que melhoraram suas condições de trabalho, mas toda a população. Selecionadas pelo Centro de Liderança Pública (CLP), a pedido do Estadão, as políticas relatadas nas reportagens deste especial têm em comum a modernização da administração e o atendimento a demandas da população.