O governo de Sergipe hasteou, na manhã desta última segunda-feira (6), a bandeira de Israel no mastro central do Palácio Governador Alberto Franco, sede do executivo estadual, em Aracaju.
O hasteamento viralizou nas redes sociais e gerou uma série de críticas — e também elogios — ao governador Fábio Mitidieri (PSD), que foi marcado em várias postagens e cobrado pela ação.
Segundo Carlos Madeiro, colunista do UOL, pouco tempo depois da foto circular nas redes sociais e grupos de WhatsApp, a bandeira foi retirada. O colunista questionou se a ação foi tomada por conta das críticas e aguarda resposta.
O governador afirmou que a medida foi tomada em “solidariedade a Israel pelos ataques terroristas sofridos”, em pronunciamento por meio de sua conta no “X” (antigo Twitter).
Isso deu-se em um contexto determinado e expressou o sentimento em relação às vítimas e desaparecidos, inclusive brasileiros.
Há um mês nos somamos à indignação mundial e, assim como demais Estados da Federação, o Senado Federal e vários países, manifestamos nossa solidariedade a Israel pelos ataques terroristas sofridos, através do hasteamento da bandeira daquele país.
— Fábio Mitidieri (@FabioMitidieri_) November 6, 2023
?ABSURDO: Após a repercussão negativa, o Governo de Sergipe retira, mas não admite que ERROU ao hastear a bandeira do Estado de Israel, demonstrando toda sua insensibilidade ao massacre imposto ao povo Palestino pela ocupação israelense da Faixa de Gaza. pic.twitter.com/wnC37oVI1g
— Linda Brasil (@lindabrasilse) November 6, 2023
Mesmo sem apoio de Lula, Mitidieri venceu a eleição de 2022 declarando voto no presidente e tem tido uma boa relação com o presidente.
Sobre a guerra
A guerra de Israel contra o Hamas já resultou em mais de 10 mil mortos na Faixa de Gaza e destruiu ou danificou metade das residências.
O Brasil tem adotado uma postura política de negociação, condenando o ato terrorista do Hamas, também com críticas à resposta de Israel.
O próprio presidente Lula, que tentou costurar um acordo de paralisação da guerra para retirada de civis, disse que crianças deveriam ser poupadas porque elas “não pediram” a guerra.