Portugal voltou a registrar um aumento na incidência de Covid-19 em 14 dias, que já supera a marca de 150 casos a cada 100 mil habitantes e gera preocupação no país, onde o governo convocou uma reunião com epidemiologistas para a próxima sexta-feira (19).
Segundo o boletim desta última segunda-feira (15), da Direção-Geral de Saúde (DGS), a incidência está em 156,5 casos por 100 mil habitantes, mais de 20 pontos acima do último número calculado.
Portugal voltou a registrar um aumento na incidência de Covid-19 em 14 dias, que já supera a marca de 150 casos a cada 100 mil habitantes e gera preocupação no país, onde o governo convocou uma reunião com epidemiologistas para a próxima sexta-feira.
Segundo o boletim desta segunda-feira (15), da Direção-Geral de Saúde (DGS), a incidência está em 156,5 casos por 100 mil habitantes, mais de 20 pontos acima do último número calculado.
Este valor coloca Portugal na zona vermelha, a mais preocupante, do parâmetro que as autoridades e especialistas utilizam para medir o risco no país, o que tem como referência a incidência e o fator de transmissão Rt.
Atualmente, a taxa de transmissão está em 1,16, o que significa que um infectado pode contagiar mais de uma pessoa.
Na segunda-feira, foram relatadas 974 infecções – um número baixo, mas o início da semana tem geralmente dados mais moderados porque são feitos menos testes aos fins de semana – e oito mortes.
O número de pacientes hospitalizados aumentou pelo nono dia consecutivo e há 470 pacientes internados com o vírus (mais 5), dos quais 76 estão em unidades de terapia intensiva.
Desde o surto da pandemia, Portugal, com pouco mais de 10 milhões de habitantes, acumula 1.108.462 casos confirmados e 18.265 mortes causadas pelo coronavírus.
Com preocupação crescente, o governo português convocou para sexta-feira uma reunião com especialistas para avaliar a situação epidemiológica no país, é utilizada como referência para decidir que medidas e restrições devem ser aplicadas.
A última foi realizada em meados de setembro, quando Portugal preparava a sua última fase de desconfinamento.
Os portugueses completaram a sua desescalada no início de outubro e deixaram apenas medidas mínimas em vigor, como a utilização de máscaras dentro de casa e nos transportes públicos.
O governo advertiu, na última sexta-feira (12), que mantém todos os cenários “abertos” diante de uma quinta onda de contágios, e nem sequer exclui a possibilidade de ter de aplicar um novo confinamento.
A ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, disse nesta segunda-feira que não está excluída a possibilidade de voltar ao trabalho remoto obrigatório se os números da pandemia continuarem a evoluir negativamente.
Preocupação com Natal
Portugal está particularmente preocupado com os dias de Natal, pois as reuniões familiares do ano passado nesta altura do ano aceleraram a transmissão da variante britânica do coronavírus, o que levou à onda mais mortífera da pandemia e ao confinamento total durante mais de dois meses.
Um relatório de especialistas advertiu na semana passada que Portugal poderia sofrer uma quinta onda no final deste ano, embora com menos mortes do que as anteriores, graças à vacinação.
Portugal já vacinou 86% da população total com o ciclo vacinal completo e agora vacina com uma terceira dose as pessoas com 65 anos de idade ou mais. O governo espera que 70% desta população tenha a terceira dose até 20 de dezembro.