Segundo o colunista Ricardo Noblat, do Metrópoles, oO domingo que antecedeu as eleições de quarta-feira (1º) para presidentes da Câmara e do Senado foi de muitas reuniões sigilosas em casas e apartamentos de Brasília e de troca de longos telefonemas.
É fatura liquidada a reeleição de Arthur Lira (PP-AL) na Câmara, e praticamente certa a de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) no Senado. Mas o voto secreto é uma fonte inesgotável de surpresas, diz Noblat.
O chamado ‘Orçamento Secreto’, que Lira soube administrar tão bem nos últimos dois anos, deverá fazer do escrutínio na Câmara o que nunca se viu antes: uma espécie de eleição por aclamação.
O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) enfrentará Lira para marcar posição. Ali, disputa de verdade só existirá para a ocupação de determinados cargos na Mesa da Câmara.
Emoção, se houver alguma, estará reservada para o embate a ser travado entre Pacheco e Rogério Marinho (PL-RN), o candidato bolsonarista à presidência do Senado.
São 81 os senadores. Se todos comparecerem e votarem em um dos candidatos, elege-se o que obtiver 41 ou mais votos. Na eleição de 2019, um senador votou duas vezes. Nunca se soube quem foi.
No QG das candidaturas de Pacheco e Marinho, admite-se que um grupo de 10 a 15 senadores poderá mudar de lado até o último momento. A ser verdade, a traição é que decidirá quem será eleito.