Um prédio de 13 andares desabou nesta terça-feira (11), em Gaza, depois de ter sido atingido por um ataque de foguetes disparados por Israel. A torre abriga um escritório que é usado pela liderança política do Hamas, grupo que controla a Faixa de Gaza e é considerado terrorista por Israel, EUA e União Europeia.
Em um novo dia de confrontos, Israel enviou 80 jatos para bombardear a região e concentrou tanques na fronteira, enquanto, em retaliação, o Hamas disparou ao menos 130 foguetes contra Tel Aviv, segunda maior cidade e capital econômica de Israel.
A escalada de violência, que já deixou ao menos 30 pessoas mortas duas em Israel e 28 em Gaza evoluiu rapidamente da retórica para a prática. Mais cedo nesta terça, o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu havia anunciado que Israel vai intensificar a força e a frequência dos ataques contra a Faixa de Gaza.
Estamos no meio de uma campanha. O Hamas receberá golpes que não esperava, disse o premiê, acrescentando que as operações militares exigirão “paciência e um certo sacrifício” da população.
O ministro da Defesa, Benny Gantz, afirmou que o objetivo da operação, apelidada de “Guardião dos Muros”, é “golpear o Hamas com força e fazê-lo se arrepender de sua decisão” de atacar Israel. Cada bomba tem um endereço”, disse ele, acrescentando que a ofensiva militar não tem prazo determinado para terminar e deve se prolongar pelos próximos dias.
Na segunda (10), o porta-voz das Forças Armadas, Hidai Zilberman, já havia prometido uma operação ampla para que o Hamas pagasse “um preço caro” e sentisse “o longo braço do Exército” de Israel.
A escalada de hostilidades entre Israel e o Hamas foi desencadeada por confrontos que já duram cinco dias entre manifestantes palestinos e forças de segurança israelenses na mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém.
Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, ao menos 28 palestinos morreram, incluindo dez crianças, e 152 ficaram feridos devido ao revide israelense após o Hamas atacar Jerusalém pela primeira vez desde 2014.