O governo russo confirmou a morte do chefe do grupo Wagner Ievgeni Prigozhin na queda de um avião neste quarta-feira, 23. Depois de anunciar que o nome constava na lista de passageiros, a agência de aviação da Rússia agora afirma que ele de fato estava a bordo da aeronave de pequeno porte que caiu a pouco mais de 160 km de Moscou.
Segundo o Ministério de Situações de Emergência, todas as 10 pessoas morreram na queda do avião, um Embraer. As vítimas são os três tripulantes e sete passageiros, incluindo Prigozhin. A autoridade de aviação russa anunciou uma investigação sobre o caso.
Em junho, Prigozhin liderou um motim contra o presidente russo Vladimir Putin por insatisfações na guerra da Ucrânia. Ele chegou a marchar contra Moscou, mas recuou após um acordo mediado pelo ditador de Belarus, Alexsander Lukaschenko, e ficou exilado no país. Nesta terça-feira, 22, o mercenário reapareceu em um vídeo publicado em um canal do Telegram dois meses depois do motim e aparentava estar na África.
O canal de notícias russo Mash postou no Telegram um vídeo da suposta aeronave caindo. O canal acrescenta ainda que testemunhas ouviram “dois estalos fortes” instantes antes da queda. A pintura e um número de registro parcial visível na aeronave no vídeo se alinha a um jato que Prigozhin é conhecido por usar, RA-02795. Sites de rastreamento de voos indicam que o voo terminou abruptamente perto de Tver, a noroeste de Moscou, por volta das 6h (horário local).