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domingo 31 de dezembro de 2023 às 16:10h

Governo da Bahia e de outros estados trocam 1ª escalão mirando prefeituras em 2024

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As eleições de 2024 prometem causar uma dança das cadeiras nos governos de alguns dos maiores estados do país. Membros do primeiro escalão da Bahia, São Paulo, Pernambuco, Minas Gerais e Santa Catarina devem, numa articulação com os governadores, deixar seus postos na estrutura do Executivo para expandir seu capital político como prefeito ou vereador em cidades que, em 2026, podem servir de palanque para seus aliados.

Jerônimo Rodrigues (PT), governador da Bahia, já trabalha com a saída do secretário de Relações Institucionais, Luiz Caetano, para disputar a prefeitura de Camaçari, município com mais de 300 mil habitantes.

O vice-governador Geraldo Júnior, do MDB, é um dos principais cotados para disputar a prefeitura de Salvador pelo grupo liderado pelo PT. Internamente, o nome do vice tem o apoio do próprio governador e do senador petista Jaques Wagner.

Em São Paulo, o governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) pode ter três secretários se licenciando. A bolsonarista Sonaira Fernandes (Políticas para a Mulher) planeja ou ser vice do prefeito Ricardo Nunes (MDB), como revelado por Bianca Gomes e Guilherme Caetano, do O Globo, ou tentar uma vaga na Câmara. Já a chefe da pasta de Esportes, a Coronel Helena Reis caminha para disputar a prefeitura de São José do Rio Preto, décima maior cidade do estado, segundo o Censo de 2022. Ambas são do Republicanos, correligionárias de Tarcísio. A terceira baixa deve ser o secretário de Desenvolvimento Social, Gilberto Nascimento Jr., que avalia tentar a reeleição na Câmara, de onde está licenciado.

A mexida no Palácio dos Bandeirantes já desperta interesses de aliados de Tarcísio na Assembleia Legislativa (Alesp). A deputada estadual Valéria Bolsonaro (PL) se articula para ser a sucessora de Sonaira, mas deputados bolsonaristas defendem que o governador “promova” um parlamentar do Republicanos para abrir uma vaga na bancada ao suplente Danilo Campetti.

Campetti é policial federal e está afastado da corporação após ser alvo de um processo interno por suposto uso indevido de distintivo e arma de fogo fora do expediente, quando atuava na campanha de Tarcísio em 2022.

Em Pernambuco, a governadora Raquel Lyra (PSDB) cogita lançar o seu secretário de Turismo, Daniel Coelho, à prefeitura de Recife contra o projeto de reeleição de João Campos (PSB).

A indefinição do prefeito sobre ceder a vaga de vice ao PT e, em contrapartida, a aproximação da governadora com o presidente Lula, faz petistas locais colocarem a aliança com o atual prefeito em xeque, o que desperta o interesse de Lyra, embora saiba do favoritismo de Campos.

— As eleições municipais desenham o prestígio de cada grupo político e apontam o grau de força e adesão de cada um deles. É uma disputa de grande peso em estados como Bahia e Pernambuco, onde há divisões políticas históricas— afirma Marco Antonio Carvalho Teixeira, professor da Escola de Administração de Empresas da Fundação Getulio Vargas de São Paulo (FGV-EAESP).

O cenário mineiro vive um cenário mais embrionário. O chefe da Casa Civil de Romeu Zema (Novo), Marcelo Aro, vinha sendo ventilado para disputar a prefeitura de Belo Horizonte, mas ele negou recentemente em entrevista a um veículo local. Hoje, dois integrantes da gestão Zema participam do processo seletivo do Novo para a pré-candidatura à prefeitura de Belo Horizonte: Luísa Barreto, secretária de Planejamento e Gestão, e Lucas Gonzalez, adjunto da Secretaria-Geral de Governo.

Em Santa Catarina, a secretária estadual de Saúde, Carmen Zanotto, está cotada para tentar conquistar a prefeitura de Lages. As expectativas em torno de sua candidatura são grandes, já que em 2020 ela perdeu a disputa para Antonio Ceron, do PSD, por 56 votos — uma diferença de 0,07%.

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