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segunda-feira 20 de março de 2023 às 19:21h

Governo da Bahia autoriza empresa de Arminio Fraga e José Roberto Marinho a grilar terras federais em Boipeba

JUSTIÇA, NOTÍCIAS


A Mangaba Cultivo de Coco, empresa que tem como sócios José Roberto Marinho e Armínio Fraga, avança com um loteamento de luxo que poderá ocupar área semelhante a 1.700 campos de futebol em uma das porções mais preservadas de toda a Mata Atlântica, informa reportagem de O Eco, publicada no Outras Palavras e no Brasil247. A área equivale a um quinto da ilha de Boipeba, uma ilha protegida por lei no litoral sul da Bahia.

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Enquanto Marinho é um dos herdeiros do Grupo Globo e controla a Fundação Roberto Marinho, Fraga é economista, ex-presidente do Banco Central no governo (1999 – 2003) Fernando Henrique Cardoso e sócio fundador da Gávea Investimentos, banco de capital nacional e estrangeiro. Ainda, a Filadélfia Empreendimento Imobiliários e Participações, que pertence a Antônio Carlos de Freitas Valle, também é sócia da empreitada. Valle é um dos ex-donos do Banco Matrix, suspenso por envolvimento em escândalos financeiros.

Segundo a reportagem, em meados de março, órgãos ambientais baianos e a empresa de frutas assinaram um “termo de compromisso”. O secretário de Meio Ambiente João Carlos Silva disse que o “grande atrativo dessa região é o ativo ambiental que se encontra ali. Isso tem que ser preservado, pois é o que torna a área relevante”. O acordo prevê pouco mais de R$ 180 mil para “educação ambiental” e um “projeto socioambiental” na Área de Proteção Ambiental das Ilhas de Tinharé e Boipeba.

A reportagem lembra que o Conselho daquela Unidade de Conservação estadual está desativado desde 2004 e, assim, não avaliou o projeto Turístico-Imobiliário Fazenda Ponta dos Castelhanos, que prevê a construção de residências de alto padrão, pousadas, aeroporto, píer para mais de 150 barcos e um campo de golfe.

Segundo a reportagem, apesar das declarações do secretário baiano, o loteamento de luxo causará estragos em manguezais, restingas, apicuns, mata nativa e terrenos de Marinha. Os terrenos são protegidos pela legislação federal por abrigarem inúmeras espécies de peixes e crustáceos. Ainda, a reportagem aponta que “o empreendimento prejudicará o dia-a-dia de comunidades centenárias que vivem da pesca, da pequena agricultura e do extrativismo”.

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