Conforme a coluna de Gerson Camarotti, do portal g1, o secretário para Malvinas, Antártica e Atlântico Sul do governo da Argentina, Guillermo Carmona, virá ao Brasil na próxima semana para pedir apoio na reivindicação pela soberania das ilhas Malvinas.
O conflito na região começou há pouco mais de 40 anos, em abril de 1982, mas a questão já tem quase 190 anos, com a disputa pela soberania do território (conhecido na Argentina como Ilhas Malvinas e no Reino Unido como Ilhas Falklands).
Os conflitos dos anos 80 representaram a única guerra na história a envolver um estado latino-americano e uma potência nuclear. A guerra terminou em junho de 82, quando argentinos se renderam e o Reino Unido recuperou o arquipélago.
Entre as reuniões previstas para o secretário argentino, está uma com ministros do alto escalão do Governo Bolsonaro no Palácio do Planalto (ainda não há a confirmação se o presidente participará do evento).
No encontro, além de pedir apoio ao governo brasileiro na reivindicação pela soberania das Malvinas, o secretário argentino também deve debater tratados do Atlântico Sul.
Carmona também se reunirá com embaixadores em um evento na embaixada da Argentina, que dará nome de “Ilhas Malvinas” a um salão do prédio consular, em Brasília.
Além do Brasil, o roteiro da viagem do secretário, que é ex-deputado federal da Argentina, também vai incluir Uruguai e Chile.
Em maio, Carmona realizou uma missão de dois dias na sede das Nações Unidas (ONU), em Nova York, para uma série de reuniões sobre a próxima sessão do Comitê Especial das Nações Unidas sobre Descolonização (C-24), e tratou sobre o tema.
Em junho deste ano, o presidente argentino Alberto Fernández exigiu ao então primeiro-ministro britânico Boris Johnson a abertura de negociações a respeito da soberania argentina sobre o território.