A AGU contratou um escritório de advocacia na Suíça para tentar reaver dinheiro bloqueado em bancos locais. As quantias são atribuídas a esquemas de corrupção, especialmente os investigados pela Lava-Jato.
O Lalive S.A foi contratado sem licitação por R$ 68,7 milhões para atuar em casos de interesse do governo por quatro anos.
A expectativa do governo é acelerar a repatriação desses ativos de origem ilícita, que, em geral, só voltam aos cofres públicos depois do trânsito em julgado dos casos. A aposta é que, ao ajuizar ações no país, o processo se torne mais célere.
(Atualização, às 14h15: Em nota, a AGU informou que a dispensa de licitação ocorreu pela necessidade de o escritório ser especializado em recuperação de ativos. Segundo o órgão, a comissão de contratação convidou cinco escritórios na Europa e o Lalive venceu por ter apresentado o melhor custo-benefício. “Importante ressaltar que a seleção foi realizada entre os anos de 2017 e 2018, e sempre houve muita dificuldade em obtenção de orçamento para fazer frente à contratação. O valor do contrato é um valor máximo, para gastos em 4 anos, caso a maioria das medidas possíveis na Europa sejam adotadas”, diz a AGU. Ainda de acordo com o órgão, “há notícia de valores em dólares, euros e reais que superam o montante de R$ 1 bilhão de reais congelados apenas na Suíça”.)