Em nova reunião da Mesa Nacional Negociação Permanente, o governo ofereceu para os servidores federais um reajuste salarial este ano de 8,4% a partir de abril. Inicialmente, a União havia proposto um aumento de 7,8% a partir de março, considerando a reserva do Orçamento de R$ 11,2 bilhões para este fim. O governo também manteve o aumento de R$ 200 no vale alimentação, o que significa a recomposição da inflação de fevereiro de 2016 a fevereiro deste ano.
Pelo menos desde 2019 sem nenhuma recomposição salarial, os servidores consideraram a proposta “frustrante”.
“O governo praticamente manteve os 7,8% de março, atualizando para abril, com o que deixou de ser pago neste mês”, disse o presidente do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), Rudinei Marques.
Os servidores haviam pedido um aumento de 13,5% a partir de abril. Segundo Marques, o Fonacate vai reunir os afiliados para definir uma posição conjunta após a reunião.
Segundo o presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), Fábio Faiad, o governo, na verdade, rebaixou a proposta, uma vez que tende a gastar menos com 8,4% a partir de abril do que com 7,8% a partir de março.
Além disso, segundo Faiad, o governo informou que vai mandar a proposta por projeto de lei, em vez de medida provisória. Faiad afirmou que a tendência é de os servidores apresentarem nova contraproposta, ainda a ser definida.