Após tentar de todas as formas sabotar a criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro e não obter sucesso em nenhuma de suas tentativas – principalmente depois da divulgação do vídeo em que o ex-chefe do GSI aparece em meio aos radicais, dentro do Palácio do Planalto – o PT, agora, traça uma nova estratégia. Além de virar o leme e, surpreendentemente, passar a defender a instauração da CPMI – até por falta de opção – agora quer a presidência e a relatoria da comissão, segundo afirmou o vice-líder do governo, Lindbergh Farias (PT-RJ), em uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira (20).
– Há uma maioria do governo, a presidência será do governo, do bloco governista. E o relator também. Essa história que o autor da CPI vira presidente ou relator não existe. Isso é quando há acordo e nós nunca chamamos acordo – disse o petista, reafirmando a hipótese da oposição de que o governo tem pavor do resultado a ser obtido com o andamento das investigações.
Lindbergh acredita que “de 16 senadores, pelo menos 11 vão fazer parte do bloco governista”.
– Na Câmara também temos número e pelas nossas contas vamos ter maioria governista de nove a dez deputados – declarou.