Na lista de aproximadamente 400 convidados esperados para a posse do ministro Flavio Dino no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira, há baixas de peso no grupo de chefes de Executivo estaduais. Os governadores de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), Paraná, Ratinho Jr (PSD) e , são alguns dos que não identificaram em seus endereços oficiais o recebimento do convite para a cerimônia. Dos 7 gestores estaduais da região Sul e Sudeste, só estão presentes os representantes do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, e o Espírito Santo, Renato Casagrande.
A posse de Flávio Dino no STF será marcada por não seguir um rito que se tornou quase um protocolo em solenidades recentes. Ex-ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Lula e senador, o magistrado abriu mão da festa de recepção aos convidados, bancada por associações de magistrados em quase todas as posses. Ele optou por uma missa na Catedral de Brasília.
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, participa de uma agenda na cidade de Campos Altos, interior do estado, no mesmo horário da festividade em Brasília. Ele foi um que, através de sua assessoria de imprensa, confirmou não ter recebido nenhum comunicado do cerimonial do STF com informações sobre a cerimônia de posse. O politico do Novo chegou a ser alvo de críticas de Dino enquanto este ainda era ministro da Justiça do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, que afirmou que a ideia defendida por Zema de um bloco dos estados Sul-Sudeste era “absurda” e e chamou os interessados no assunto de “extrema-direita”.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, é mais uma baixa da cerimônia de posse. Segundo a agenda pública disponível no site do governo do estado, no horário da cerimônia, o paulista terá despachos internos com a Secretária de Cultura, Economia e Indústria Criativas do estado, Marília Marton, em seu gabinete. Através de sua assessoria, no entanto, ele não informou que se recebeu recebeu o convite e optou por não comparecer ou se também não identificou o invite.
Questionada, a assessoria de imprensa do ministro do STF também não retornou o contato e não infirmou se “veto” aos governadores foi proposital.