O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), defendeu na última segunda-feira (28), na cerimônia de abertura da Exposibram, conferência do setor de mineração, a rastreabilidade dos minerais produzidos no país como forma de combater atividades ilegais. Sem citar especificamente a mineração de ouro, que resultou nos últimos anos em atividades de garimpo ilegal em terras indígenas, Barbalho criticou o que chamou de “discursos populistas” a respeito do tema.
“Não é possível continuarmos compatibilizando mineração com atividade ilegal”, afirmou o governador ao fim da cerimônia de abertura da Exposibram, evento promovido pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram).
“Não é possível recuarmos para discursos fáceis e populistas que acabam instigando e levando cidadãos que muitas das vezes são massa de manobra aos discursos fáceis, que acabam impulsionando pessoas e segmentos à atividade ilegal. Isto comprometerá certamente aqueles que atuam de forma correta. Isto comprometerá a imagem do nosso país. Portanto, se o Brasil deseja continuar sendo um país que tem na mineração uma atividade séria, precisa fazer com que a rastreabilidade seja algo efetivamente claro, decisivo, legal, institucionalizado e condicionante para a atividade de mineração”, afirmou.
Barbalho frisou, porém, que sua posição não significa abrir mão dos projetos de mineração. “Hoje, nós todos no Brasil sabemos o quão importante é a atividade minerária. Não propomos que o Brasil abra mão desse ativo. […] Hoje, diretamente, [a mineração] gera mais de 200 mil empregos. Só neste Estado, diretamente gera mais de 60 mil empregos”, pontuou.