Gordon Moore, pioneiro da indústria de microprocessadores e cofundador da Intel, que já foi a maior fabricante de semicondutores, morreu nesta última sexta-feira (24) aos 94 anos, informou a empresa.
Moore foi um titã na transformação tecnológica da era moderna, ajudando as empresas a obter chips cada vez menores e mais poderosos. Engenheiro por formação, ele cofundou a Intel em julho de 1968 e posteriormente atuou como presidente, diretor executivo e presidente do conselho de administração.
Moore morreu “cercado por sua família em sua casa no Havaí”, disse a Intel.
A empresa com sede em Santa Clara, na Califórnia, foi conhecida em seus primeiros anos por sua constante inovação até se tornar uma das mais importantes empresas de tecnologia.
Moore é creditado com a teoria que mais tarde foi apelidada de “Lei de Moore”, segundo a qual os circuitos integrados dobrariam sua potência a cada ano, que ele depois recalculou a cada dois anos.
A teoria permaneceu por décadas no jargão da indústria e tornou-se sinônimo do rápido avanço tecnológico do mundo moderno.
Moore se aposentou da Intel em 2006.
Ao longo de sua vida, ele doou mais de US$ 5,1 bilhões (cerca de R$ 26,9 bilhões) para causas beneficentes por meio da fundação que criou com sua esposa Betty, com quem foi casado por 72 anos.
“Embora ele nunca tenha aspirado a ser uma pessoa conhecida, a visão de Gordon e o trabalho de sua vida permitiram a inovação fenomenal e os desenvolvimentos tecnológicos que moldam nossas vidas todos os dias”, disse Harvey Fineberg, presidente da Gordon & Betty Moore.
Os líderes da Intel prestaram homenagem a Moore.
“Ele foi fundamental para liberar o poder dos transistores e inspirar técnicos e empreendedores por décadas”, disse Pat Gelsinger, CEO da Intel.
“Ele deixa um legado que mudou a vida de todas as pessoas no planeta. Sua memória permanecerá viva”, acrescentou Gelsinger em sua conta no Twitter.