Em processo que corre na Justiça do Trabalho, a Globo foi condenada em duas instâncias a pagar uma indenização de R$ 3,2 milhões para o cinegrafista Cleber Schettini do Rosário. O profissional, que trabalhou na emissora durante 46 anos entrou com a ação por entender que tinha direito a receber horas extras e outros direitos trabalhistas referentes ao tempo que prestou serviços para a empresa.
O cinegrafista Cleber Schettini cravou seu nome na história do Esporte da emissora, com dez Copas do Mundo e nove Jogos Olímpicos no currículo. A sua trajetória, inclusive, tem registro no Memória Globo, site dedicado aos profissionais.
O repórter saiu da empresa em fevereiro de 2018. Naquele mesmo ano, ele entrou com a ação na Justiça do Trabalho. A defesa do cinegrafista alegou que ele fazia horas extras e tinha jornada noturna, aos domingos, mas que não recebia os pagamentos totais referente ao trabalho.
Schettini não batia ponto e tinha jornada flexível, algo que a própria Globo admitiu. O profissional também reclamou na Justiça sobre o intervalo de pausa de apenas 30 minutos, sendo que o correto seria de uma hora.
“Postula horas extras a partir da quinta hora diária e trigésima semanal, com adicional de 60%, de segunda-feira a sábado para as quatro primeiras horas extraordinárias, e 100% para as demais horas suplementares, além de labor aos domingos”, pediu a defesa do cinegrafista. A ação foi fixada em R$ 3,2 milhões.