Uma declaração da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro em um evento do PL Mulher na cidade do Rio de Janeiro iniciou segundo Luísa Marzullo, do O Globo, uma troca de farpas entre a mulher do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann. Isto porque, na ocasião, Michelle criticou Lula (PT) e afirmou que o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, só trabalha para seus “amigues”, em alusão à linguagem neutra.
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— O ministro que se diz ser do ministério Humano, que para mim é desumano, porque é um ministério, é um ministro do “todes”, só tem trabalho pros amigues e os “bandides”. Mas como eu não sou favorável a linguagem neutra, que eles acham que incluem, mas não inclui. O governo que não trabalha para as pessoas de bem. É um governo que não trabalha para todos — discursou Michelle.
A fala não agradou Gleisi Hoffmann que, em postagem no X (antigo Twitter) no último domingo, rebateu os comentários da ex-primeira-dama. “Ela criticando o governo é ridículo, quem é ela pra falar? Usa a fé pra enganar as pessoas e se fazer politicamente, passeou no exterior com o maquiador a tira colo, tá envolvida no contrabando de joias do Estado, fora os rolos com Queiroz. Está pecando, sabe disso e continua, vai na igreja pregar o ódio”, disse a presidente nacional do PT e deputada federal.
Na noite desta segunda-feira, contudo, Michelle foi as redes para responder Gleisi. Em publicação repleta de ironias, a mulher de Bolsonaro se referiu a Gleisi como “amante”. Em 2016, o executivo Benedicto Júnior, conhecido como “diretor do departamento de propina”, entregou em delação premiada uma suposta relação com 200 apelidos de políticos. A listagem teria sido montada para que funcionários do “baixo clero” não soubessem o destinatário do dinheiro. Entre os codinomes, Gleisi supostamente respondia por “amante”.
Em seguida, a ex-primeira-dama listou possíveis motivações que justificariam “ataques tão vorazes” a ela e sua fé. “Seria inveja do sucesso do PL Mulher e o resultado das pesquisas no Paraná?”, questionou.
Michelle também justificou as críticas de Gleisi como uma forma de desviar as atenções para a agenda internacional de Lula, constantemente questionada pela oposição. Em seu comentário, referiu-se a Janja como “viaJANJAnte”. Nesta mesma toada, o caso da dama do tráfico no Ministério da Justiça e o projeto enviado ao Congresso para que o BNDES volte a financiar obras no exterior foram citados.
“Assassinar reputações com mentiras é a especialidade da extrema-esquerda. Nós não somos “AMANTES” dessa estratégia”, ironizou Michelle Bolsonaro.