A aparição de Elon Musk nesta última segunda-feira (20) em um evento da posse de Donald Trump, o novo presidente dos Estados Unidos, atraiu bastante atenção nas redes sociais.
Durante um discurso, ele fez um gesto enquanto agradecia aos apoiadores por contribuírem para a vitória de Trump.
Musk agradeceu à multidão por “fazer acontecer”, antes de colocar a mão direita sobre o peito e erguê-la no ar algumas vezes.
Assista:
Vários usuários do X (o antigo Twitter), a plataforma de mídia social que Musk possui, compararam o gesto a uma saudação nazista.
Musk se posicionou sobre as alegações. “Francamente, eles precisam de truques sujos melhores. O ataque de ‘todo mundo é Hitler’ é tããão clichê”, escreveu ele.
Diversos bilionários do setor de tecnologia marcaram presença na posse de Donald Trump, o novo presidente dos Estados Unidos.
Além de Musk, que ganhou um cargo no governo Trump, na segunda-feira (20/1) estavam em Washington o fundador da Amazon, Jeff Bezos, o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, o líder da Apple, Tim Cook, e do diretor do Google, Sundar Pichai.
Todos ocuparam assentos de destaque na Igreja de São João e apareceram lado a lado em fotos da posse.
O último evento público em Washington que reuniu o alto escalão do mundo da tecnologia em uma mesma sala foi uma audiência no Congresso realizada em 2020.
Na ocasião, uma comissão investigou se Facebook, Google, Amazon e Apple aplicaram práticas de monopólio e abuso de posição dominante no mercado. Zuckerberg, Bezos, Pichai e Cook estiveram na audiência há cinco anos.
A presença em peso dos chefões da tecnologia reforça o “bromance”, expressão do inglês que se refere a um relacionamento íntimo entre homens, entre os executivos e Trump.
As relações nem sempre foram boas assim. Aliados de Trump já defenderam o banimento do TikTok no passado.
O presidente americano, por exemplo, já foi um crítico voraz da Meta e de sua abordagem à moderação de conteúdo, chamando o Facebook de “um inimigo do povo” em março de 2024.
Mas com Zuckerberg as coisas melhoraram desde então: o CEO da Meta jantou na casa de Trump na Flórida, em Mar-a-Lago, e a empresa doou US$ 1 milhão (cerca de R$ 6,2 milhões) para um fundo para o evento de posse de Trump.
No início deste mês, Zuckerberg anunciou novas diretrizes da Meta em que declarou que era “hora de voltar às nossas raízes, em torno da liberdade de expressão”.
“As eleições mais recentes parecem sinalizar um ponto de virada cultural para, mais uma vez, dar prioridade à liberdade de expressão”, disse Zuckerberg.
No vídeo, o presidente-executivo da empresa de tecnologia anunciou que está abandonando o uso de checagem independente de fatos no Facebook e no Instagram.
O anúncio foi celebrado por apoiadores de Trump, que classificaram a medida como um esforço para “reduzir a censura” no Facebook e Instagram.
Em mais um gesto de aproximação, Zuckerberg anunciou Dana White, presidente-executivo do Ultimate Fighting Championship (UFC) e apoiador de longa data de Trump, faria parte do conselho administrativo da Meta.