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terça-feira 16 de agosto de 2022 às 06:34h

Gestão de Alexandre de Moraes é incógnita até mesmo dentro do TSE

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A gestão de Alexandre de Moraes como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que toma posse nesta terça-feira (16), é uma incógnita segundo a colunista Bela Megale, até mesmo para boa parte dos membros do tribunal. Algumas características, no entanto, já ficaram evidentes desde o início da transição: o magistrado seguirá fechado e centralizará suas decisões, como faz no Supremo Tribunal Federal (STF).

Diferentemente de outros ministro que assumiram o comando TSE, especialmente em ano eleitoral, Moraes não se reuniu diretamente com as equipes da corte para dar um norte de sua gestão. Esse função foi delegada para José Levi Mello do Amaral Júnior, que será o secretário-geral da instituição, e Cristina Yukiko Kusahara, sua chefe de gabinete do Supremo que também deve exercer essa função no tribunal eleitoral.

Todos os nomes que estarão na cerimônia de posse desta terça-feira, de funcionários do Supremo à imprensa, passaram pelo crivo da equipe de Moraes. A reunião do magistrado com Bolsonaro, na semana passada para entregar o convite da cerimônia também foi conduzida em sigilo por José Levi.

Até o momento, uma das poucas mensagens enviadas por Moraes aos servidores foi o convite para que todos os chefes de departamentos permaneçam nos seus postos até a eleição. Há, no entanto, a expectativa na corte de que o ministro faça uma ampla mudança após a passagem do pleito.

Vice-presidente do TSE na gestão de Moraes, Ricardo Lewandowski também tem sido pouco acionado pelo colega pata dar opiniões, segundo integrantes do tribunal. Isso vem reforçando a ideia de que a gestão do ministro será centrada nele.

No governo, segue a expectativa de que haja um armistício entre o presidente e o TSE na gestão de Moraes, apesar de o ministro ter sido encarado por Bolsonaro como seu algoz na maior parte do tempo. Espera-se que ele adote eventuais medidas para as eleições sugeridas pelas Forças Armadas e que não foram assimiladas na gestão de seu antecessor, Edson Fachin. O bom trânsito de Moraes com os militares também é apontado como um ativo.

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