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Mineiro, de Belo Horizonte, Carlos Eduardo Vieira, 48 anos, é diretor de matéria-prima e florestas da Gerdau. Formado em engenharia mecânica na UFMG, Vieira está na Gerdau há quase 23 anos. - Foto: Fred Magno
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terça-feira 20 de dezembro de 2022 às 17:28h

Gerdau vai elevar preços de aço plano em janeiro, diz Inda

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Segundo a revista IstoÉ, a Gerdau está planejando elevar os preços de aços planos no Brasil ao redor de 12,5% no início de janeiro, afirmou nesta terça-feira o presidente da entidade que representa os distribuidores do material, Inda, Carlos Loureiro.

“Não seria um aumento de preço, mas mais uma redução de descontos concedidos ao longo do segundo semestre deste ano”, afirmou Loureiro, citando que desde janeiro os preços de aços planos no Brasil vendidos pelas usinas recuaram mais de 40%.

O presidente do Inda afirmou que a Gerdau ainda não chegou a anunciar oficialmente os novos preços. Procurada, a Gerdau negou a informação sem dar mais detalhes.

A CSN anunciou na semana passada, durante reunião com investidores e analistas, que vai subir seus preços de aço no Brasil a partir de 1 de janeiro em 10%.

Ainda segundo Loureiro, outras usinas do país devem acompanhar o reajuste anunciado pela CSN. Segundo ele, após os reajustes o diferencial de preço entre aço importado e nacional será de 16% a 17%.

O Inda também divulgou projeção de crescimento das vendas dos distribuidores em 2023 entre 2,5% e 3%, sob uma perspectiva de avanço de cerca de 1% no PIB. O setor responsável por cerca de um terço da produção das siderúrgicas instaladas no país, acumula expansão até novembro de 4,4% nas vendas sobre o mesmo período do ano passado, a 3,47 milhões de toneladas.

Mas, para dezembro, a expectativa do Inda é de haver uma queda nas vendas ante novembro da ordem de 20% após alta de 3% no volume vendido no mês passado em relação a outubro.

“A maior inibição sobre o aumento de pedidos não está sobre as questões políticas, mas sobre a grande volatilidade dos preços… Tivemos um segundo semestre em que todo o mês caia um pouco o preço (do aço plano”, afirmou Loureiro.

“Com esse movimento das usinas de retirar parte dos descontos, acreditamos que haja movimento reverso no sentido dos distribuidores trabalharem com estoques mais normais. A maioria dos distribuidores está trabalhando com estoques mínimos”, acrescentou.

Em novembro, os estoques de aço plano na distribuição somavam 831,3 mil toneladas, suficiente para 2,9 meses de vendas e 0,8% acima do verificado em novembro.

Vietnã?

Um fenômeno registrado pelo Inda em novembro foi um início mais marcado de formação de estoques de placas destinadas à laminação por siderúrgicas que estão programando paradas mais longas de alto fornos para reforma no próximo ano.

Segundo os dados do Inda, em novembro, das 214,3 mil toneladas de aço importado que desembarcou no país, 57,7 mil corresponderam a placas e, deste volume, 52,2 mil vieram do Vietnã, que não costuma se destacar entre os principais fornecedores de importações brasileiras de aço plano.

No mês passado, o Vietnã ficou na segunda posição entre as principais origens de aço plano importado pelo Brasil, atrás das 109 mil toneladas da China.

Loureiro afirmou que boa parte do material que chegou do Vietnã em novembro foi trazido pela Usiminas, que programa para abril a parada do alto forno 3 de sua usina em Ipatinga (MG).

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