“Temos 36,8% da população ganhando metade do salário mínimo. Essa é uma realidade dura e forte aqui na capital.” O dado alarmante foi apresentado nesta segunda-feira (29) pelo pré-candidato a prefeito de Salvador, Geraldo Júnior (MDB), no encontro realizado com representantes do setor empresarial de Salvador, a convite da Fieb, Fecomércio, Fetrabase e Faeb. A falta de oportunidades de emprego e de estímulo à capacitação, entre outros problemas sociais, são, segundo o pré-candidato, algumas das causas da migração da população de Salvador para municípios próximos.
“Perdemos 9,64% da população de Salvador, principalmente devido à migração associada ao desemprego. É uma cidade que não oferece ao trabalhador e à trabalhadora as oportunidades necessárias, uma cidade que ainda não estabeleceu distritos industriais criativos, polos econômicos industriais criativos,” explicou. Sobre a posição econômica de Salvador, Geraldo alertou para o baixo desempenho da capital baiana em comparação aos municípios vizinhos. Segundo ele, a capital apresentou diminuição do PIB per capita e ocupa uma posição de pouco destaque no ranking estadual.
Os dados, segundo ele, refletem a falta de iniciativas nas áreas econômica e de desenvolvimento das últimas gestões municipais, resultando em estatísticas preocupantes que não refletem o potencial criativo, desbravador e pioneiro do soteropolitano. “Vamos estabelecer a política de uma economia criativa, a política de um condomínio da economia criativa, a política dos polos industriais da economia criativa,” garantiu Geraldo. Ele também demonstrou preocupação com a revisão de taxas como a do IPTU, entre outras iniciativas fiscais, considerando os serviços oferecidos e o desenvolvimento econômico da cidade. Entre as propostas apresentadas está a isenção do IPTU para áreas de mezanino de shoppings, lojas e centros comerciais.
O plano de governo apresentado pelo pré-candidato inclui ações voltadas para microempreendedores (ME) e empresas de pequeno porte (EPP), como a isenção do IPTU para imóveis comerciais, nos mesmos moldes do estabelecido atualmente para os residenciais. Também fazem parte do programa de governo incentivos fiscais como a isenção da Taxa de Licença de Locação (TLL) para micro e pequenas empresas, assim como a instituição de que a Taxa de Fiscalização e Funcionamento (TFF) seja fixa e reduzida para as duas categorias, de 30% para as EPP e 50% para as ME.