O novo presidente da Câmara de Vereadores de Salvador se diz indignado com desmatamento feito por empresa privada no Cidade Jardim
Um desmatamento ocorrido na manhã deste domingo (30), no bairro Cidade Jardim está gerando conflitos com moradores e autoridades que representam a região.
Conforme publicação no Bocão News, a empresa Villas Construtora Ltda, proprietária do Loteamento Reserva Cidade Jardim, localizado no bairro de Brotas, conseguiu alterar o acesso ao loteamento, que antes era pelo Candeal e, agora, será pelo bairro Cidade Jardim. Um vídeo enviado ao site mostra o desmatamento de uma ampla área verde. Os moradores questionam além do prejuízo ambiental, o impacto na mobilidade que o empreendimento trará.
A área, no entanto, foi destinada à empresa como forma de permuta, em negociação feita em governos anteriores ao de ACM Neto.
Ainda segundo publicação, houve uma reunião com o gestor municipal e 34 síndicos de condomínios do bairro e na ocasião, o prefeito assegurou que não iria acabar a área. Foi destinado uma verba de meio milhão de reais para a construção de uma praça no local. O projeto ainda está em desenvolvimento.
Os moradores reclamam que perderão a praça, a área verde e o acesso às ruas que devem ser alterados com a construção do loteamento.
O vereador e presidente da Câmara de Salvador, Geraldo Jr (SD), que representa a região, se manisfestou e mostrou indignação com o fato. “Estou indignado com isso, como fiel representante do bairro do Cidade Jardim, é uma tamanha aberração. Como dar um tratamento para uma situação de ordem privada e particular em detrimento do bem estar e lazer da coletividade?”, pontuou, alegando também os danos no que dizem respeito à mobilidade urbana.
O presidente disse ainda que espera contar com a sensibilidade do prefeito. “Tenho certeza que tanto o secretário Guanabara e o prefeito serão sensíveis a essa situação vexatória estabelecida e realizada em governos anteriores, o que deixa uma indagação: como permutar uma área verde na zona nobre por outra área sem valor econômico algum”, questionou Geraldo Jr.