O bagaço e palha da cana-de-açúcar lideraram a geração de bioeletricidade para a rede no País no ano passado, com uma oferta de 20.973 GWh, alta de 14% em relação a 2022, segundo boletim apresentado pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), com base em dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
O gerente de bioeletricidade da Unica, Zilmar Souza, afirmou que a oferta é equivalente ao atendimento de 4% do consumo nacional de energia elétrica em 2023 ou 10,8 milhões de unidades consumidoras residenciais.
A produção com o bagaço e a palha da cana também representou quase 75% de toda a geração de bioeletricidade para a rede no País em 2023, que foi de 28.137 GWh.
“Seriam equivalentes a 25% da geração de energia elétrica pela Usina Itaipu e a evitar as emissões de CO2 estimadas em 4,3 milhões de toneladas, marca que somente seria atingida com o cultivo de 30 milhões de árvores nativas ao longo de 20 anos”, afirmou Souza.
Biomassa em 2024
O boletim da Unica também informou que a Aneel prevê que a biomassa em geral cresça 1.155 MW em 2024, o maior valor desde 2013, com a instalação de 24 usinas geradoras, sendo que uma já entrou em operação em fevereiro, com 31 MW.
Dessas 23 usinas, 16 terão resíduos agroindustriais como combustíveis principais (categorizados como bagaço/palha de cana, biogás, capim elefante e casca de arroz), sendo seis em São Paulo, quatro em Goiás, duas em Minas Gerais e uma unidade nos Estados da Bahia, Pernambuco, Mato Grosso do Sul e Roraima.
As demais unidades geradoras terão como combustível principal biomassa florestal (cinco usinas), biocombustíveis líquidos (uma) e resíduos sólidos urbanos – RSU (uma).