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sexta-feira 17 de julho de 2020 às 12:03h

Genes que estariam ligados a casos graves de Covid-19 são identificados

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De acordo com estudo norte-americano, variações potencialmente danosas nos genes ACE2 e TMPRSS2 podem estar associadas a quadros graves e fatores de risco

Um novo estudo da Cleveland Clinic, centro médico acadêmico nos Estados Unidos, identificou fatores genéticos que podem influenciar na suscetibilidade à Covid-19. Publicado nesta quarta-feira (15) na BMC Medicine, o artigo pode orientar a criação de tratamentos personalizados para a infecção do novo coronavírus.

Neste estudo, a equipe avaliou os polimorfismos (variações nas sequência) de DNA de 81 mil pessoas a partir de três bancos genéticos diferentes. O objetivo era detectar variações nos genes ACE2 e TMPRSS2, que produzem enzimas ligadas à infecção pelo novo coronavírus — elas permitem que o microrganismo entre em células humanas, infectando-as.

Os pesquidores identificaram múltiplos polimorfismos potencialmente danosos em ambos os genes, o que sugere uma relação entre o DNA e as chances de desenvolver quadros graves da infecção. Segundo os cientistas, diversas variantes do ACE2 e do TMPRSS2 foram associadas a condições de saúde consideradas fatores de risco para a Covid-19, como problemas cardiovasculares e câncer, por exemplo.

Contudo, todas as investigações desse estudo foram realizadas com dados da população em geral, e não especificamente com aqueles infectados pelo novo coronavírus. Desta forma, os cientistas pretendem continuar estudando o assunto em busca de informações genéticas mais específicas sobre os pacientes com quadros graves da Covid-19.

“Como atualmente não temos medicamentos aprovados para a Covid-19, o reaproveitamento de medicamentos já aprovados pode ser uma abordagem eficiente e econômica para o desenvolvimento de estratégias de prevenção e tratamento”, diz Feixiong Cheng, líder do estudo e pesquisador do Instituto de Medicina Genômica, em declaração. “Quanto mais soubermos sobre os fatores genéticos que influenciam a suscetibilidade à doença, melhor seremos capazes de determinar a eficácia clínica de possíveis tratamentos.”

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