O gás natural pode ser uma alternativa ao diesel como combustível para caminhões, apontou na segunda-feira (15) o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Joaquim Levy.
“O gás pode nos ajudar na parte de transportes e a reduzir emissões [de carbono]”, disse ele, que participou hoje de almoço-debate promovido pelo Lide, em São Paulo.
A afirmação ocorre após a Petrobras ter voltado atrás na sexta-feira passada no reajuste de 5,7% do óleo diesel nas refinarias, numa decisão que foi interpretada como interferência do governo na política de preços da estatal — e motivada pelo temor de uma nova greve de caminhoneiros.
Segundo Levy, para isso, é necessário melhorar a rede de distribuição, o que não seria uma tarefa difícil uma vez que a maior parte das rotas de tráfego não são distantes de gasodutos. “Você consegue criar novas possibilidades para usar o gás no transporte de carga. Hoje na China há caminhões a gás e aqui isso poderia reduzir os custos [do setor]”, comentou.
Levy também afirmou que a produção de gás natural no âmbito do pré-sal vai crescer, “mas, para isso, é preciso criar demanda”. “O investimento na distribuição de gás é uma das prioridades e o BNDES trabalha com o governo”, afirmou.