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domingo 20 de outubro de 2024 às 07:01h

G7 promete apoio “irreversível” à adesão da Ucrânia à OTAN

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Ministros da Defesa do grupo reforçaram suporte aos ucranianos e pediram maior assistência humanitária em Gaza e liberação de reféns. Encontro acontece em meio a nova escalada nos conflitos. Os ministros da Defesa das potências que formam o G7 disseram apoiar o caminho “irreversível” da adesão da Ucrânia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em um comunicado conjunto publicado neste sábado (19). Os representantes de Estados Unidos, Canadá, Alemanha, França, Itália, Reino Unido e Japão também expressaram preocupação com os ataques sofridos pela Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil) e pediram maior ajuda humanitária na Faixa de Gaza.

O texto é resultado de uma reunião dos ministros da Defesa do grupo, que aconteceu em meio a um novo avanço russo na Ucrânia. Na noite passada, Moscou lançou um ataque aéreo que durou mais de três horas sobre a capital ucraniana. Os sistemas antiaéreos de Kiev interceptaram os drones, mas uma pessoa ficou ferida.

Na declaração final, o G7 apoiou o caminho “irreversível da Ucrânia para a integração euro-atlântica completa, incluindo a adesão à Otan”.

“Reafirmamos nossa intenção de continuar oferecendo assistência à Ucrânia, incluindo assistência militar, a curto e longo prazo”, completa o texto.

Neste sábado, a Rússia voltou a dizer que a entrada da Ucrânia na Otan eliminaria as chances de uma solução pacífica para o conflito. As declarações foram feitas após a divulgação do “plano de vitória” ucraniano, que inclui a adesão ao tratado.

G7 quer assistência humanitária em Gaza e “solução de dois Estados”

O dia também ficou marcado por uma nova escalada do conflito entre Israel e o grupo xiita libanês Hezbollah, tomado como organização terrorista por países como os Estados Unidos.

Neste sábado, um drone chegou a ser direcionado à casa de férias do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Ninguém ficou ferido. Horas depois, Israel executou novos ataques aéreos no sul de Beirute, capital do Líbano.

No comunicado, os ministros de defesa do G7 ainda pediram “um aumento significativo e duradouro” da assistência humanitária à Faixa de Gaza, devastada por uma grave crise alimentar devido ao conflito entre o grupo extremista palestino Hamas, também considerado como organização terrorista por Estados Unidos e União Europeia, e Israel.

“Os países do G7 estão unidos para apoiar a necessidade de um cessar-fogo imediato em Gaza, a libertação de todos os reféns, um aumento significativo e duradouro dos fluxos de ajuda humanitária por toda a Faixa de Gaza e um caminho sustentável para uma solução de dois Estados”, afirma o texto.

G7 pede que Irã deixe de apoiar Hamas e Hezbollah

Os ministros da Defesa ainda pediram que o Irã pare de apoiar o Hamas, o Hezbollah e os rebeldes houthi no Iêmen, que mantêm frentes separadas contra Israel.

O G7 “insta o Irã a abster-se de fornecer apoio ao Hamas, ao Hezbollah, aos houthis e a outros atores não estatais, bem como de tomar qualquer medida adicional que possa desestabilizar a região e desencadear um processo de escalada descontrolada”, disseram os chefes das pastas.

Mais cedo, Netanyahu chegou a acusar o Irã de tentar assassiná-lo com o ataque a drone que atingiu sua casa.

Os chefes das pastas também discutiram as atividades militares da China em torno de Taiwan e o aumento das tensões na fronteira entre as Coreias do Norte e do Sul.

Grupo vê quadro de segurança global “deteriorado”

O ministro da Defesa da Itália, Guido Crosetto, que sediou a reunião na cidade de Nápoles, disse que o G7 não poderia resolver sozinho as tensões globais, mas deveria estimular uma ação mais ampla na comunidade internacional. Representantes da OTAN, da União Europeia e o ministro da Defesa da Ucrânia, Rustem Umerov, também participaram das conversas.

Em seu discurso inicial, Crosetto alertou sobre o “deteriorado quadro de segurança” global e disse que as previsões de curto prazo para a resolução de conflitos “não são positivas”. Ele destacou que as tensões são alimentadas pelo confronto entre “duas visões diferentes e talvez incompatíveis do mundo”.

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