O G7 está preocupado com o fato de as políticas e práticas não mercantis da China estarem conduzindo a um excesso de capacidade prejudicial, que prejudica os “nossos trabalhadores, as nossas indústrias e a resiliência econômica”. Em comunicado, o grupo das sete economias mais desenvolvidas do mundo diz que uma China em crescimento que cumpra as regras internacionais seria de interesse global. “Não estamos nos dissociando ou nos voltando para dentro”, afirma o documento, publicado após reunião dos ministros das Relações Exteriores do G7.
Reiteramos a importância de garantir condições de concorrência equitativas e um ambiente de negócios transparente, previsível e justo, aponta o G7. “O respeito pelo sistema comercial multilateral baseado em regras e em princípios de mercado tem de ser a marca das nossas relações, para proteger os nossos trabalhadores e empresas de políticas e práticas injustas e não mercantis, incluindo a transferência forçada de tecnologia ou a divulgação ilegítima de dados, que distorcem o economia global e prejudicam a concorrência leal”, diz o documento.
“Protegeremos os nossos trabalhadores e comunidades empresariais de práticas injustas, incluindo aquelas que levam ao excesso de capacidade, criam vulnerabilidades na cadeia de abastecimento e aumentam a exposição à coerção econômica, uma vez que reconhecemos que a resiliência econômica exige redução de riscos e diversificação sempre que necessário”, afirma o grupo.
“Reafirmamos a necessidade de defender os princípios da Carta das Nações Unidas na sua totalidade. A este respeito, apelamos à China para que pressione a Rússia a pôr fim à sua agressão militar. Expressamos a nossa forte preocupação com as transferências para a Rússia provenientes de empresas na China de materiais e componentes de dupla utilização para armas e equipamentos para produção militar”, diz o documento.
O G7 reafirmou a “importância da paz e da estabilidade através do Estreito de Taiwan como indispensáveis para a segurança e a prosperidade de toda a comunidade internacional e apelamos à resolução pacífica das questões através do Estreito”. Além disso, declarou que não há mudança na posição básica dos membros do G7 em relação a Taiwan, incluindo as políticas declaradas para a China.